Conheça mais sobre a montadora Citroën e seus benefícios
André Citroën era engenheiro e um visionário. Após uma visita à Polônia, o francês descobriu, por acaso, o corte de engrenagens helicoidais em forma de “V” que propiciava um funcionamento mais suave e silencioso do que o das engrenagens de dentes retos. Ele comprou a patente e investiu todo dinheiro que possuia para fabricá-las em aço. A Citroën nasceu dessa fábrica de engrenagens e vem daí o símbolo da marca: dois “V” invertidos, conhecidos na França como “Deux Chevron” que simboliza a engrenagem inventada por ele.
Em 1920, após combater na I Grande Guerra e ter encontrado uma solução tecnológica para produzir em larga escala munição para armamentos, André Citroën produziu o Type A 10CV que trazia duas inovações: foi o primeiro carro lançado com carroceria completa, incluindo quatro rodas de metal estampadas com pneus, estepe, dois faróis e um motor elétrico de partida. Visto hoje pode parecer óbvio, mas naqueles dias de produção artesanal essas peças, hoje indissociáveis, eram vendidas como extras. A segunda inovação foi ser a primeira empresa a utilizar as linhas de produção baseadas no modelo fordiano de produção em massa. Em 1924, André Citroën constrói o B10 All Steel (todo de aço), que revolucionou a produção industrial de carrocerias por ser o primeiro veículo a não possuir partes de madeira e sim chapas metálicas. Até o final da década de 1920 foram produzidos os modelos B12, o B14, o C4 e o C6, com motores de quatro e seis cilindros.
A Citroen foi a primeira na Europa a construir carros em linha de produção baseadas no modelo fordiano
Em 1932, lançou os modelos 8, 10 e 15 com carroceria feita de painéis estampados e soldados um aos outros. Em 1934, outro lançamento que se tornou um marco na na história automotiva: o Traction Avant, um veículo com estrutura monobloco, suspensão independente nos pneus dianteiros e direção frontal, o futuro do automóvel. Em 1948, a montadora lançou o modelo do 5CV, um automóvel que se transformou em sinônimo de carro popular na França. Apenas em 1955, o Traction Avant é substituído pelo modelo DS, nessa época, o fundador André Citroën já havia falecido há 20 anos, mas deixado a marca de inovação na montadora que levava seu nome.
Nem tudo deu certo para a Citroën, em meados da década de 1970, a empresa sofria grandes perdas financeiras e o governo francês, temendo demissões em massa, coordenou as negociações que resultaram, em 1976, na fusão entre a Automobiles Citroën e a Automobiles Peugeot, formando uma única empresa chamada PSA Peugeot Citroën. A fusão foi a salvação para ambas as montadoras que até hoje fazem parte do mesmo grupo.
Em 1991 a montadora inaugurou fábrica na China e pouco depois, lançou o modelo Xantia, um carro que aliava conforto e modernidade. Nos anos seguintes a empresa lançou inúmeros modelos como o Berlingo; o Xsara, que se beneficiava de uma estética bem sucedida, tornando-se o precursor no segmentodas minivans; o compacto C3; a perua Xsara Picasso, um sedã monovolume, o C5; e a van familiar C8. Em meio aos lançamentos, o grupo PSA Peugeot Citroën começou a importar veículos para o Brasil, através de um parceiro local o grupo SHC, logo de pois da abertura do mercado nos primeiros anos da década de 1990.
Industrialmente, com uma fábrica em Porto Real, no Estado do Rio de Janeiro, a PSA Peugeot Citroën produz só de modelos Citroën os veículos C3, Aircross, C3 Picasso e Xsara Picasso e também os motores de 1,4 litro e 1,6 litro flexfuel e a gasolina (para exportação). Quando a fábrica foi inaugurada em 2001, a capacidade instalada anual era de menos de 100 mil carros, mas naquele primeiro ano foram produzidos 50 mil carros. Só dez anos depois a linha de montagem atingiu o ritmo de 150 mil/ano. Para o período 2012-2015, o grupo tem planejado um investimento de R$ 3,7 bilhões, para aumentar a capacidade produtiva das atuais 150 mil unidades/ano para 220 mil unidade entre modelos da Peugeot e da Citroën.
Parte dos recursos foram utilizados no lançamento do novo Citroën C3 em agosto de 2012. O novo C3 foi lançado com um índice de nacionalização acima de 75% e foi projetado o para o Brasil, lançado primeiro por aqui e só depois na Europa, por que o Brasil, a Rússia e a China, são mercados centrais na estratégia da PSA Peugeot Citröen para elevar a 50% a parcela das vendas fora da Europa até 2015. Em 2012, os mercados fora da Europa responderam por 38% das vendas globais do grupo, contra 24% em 2009. Além disso, nos últimos dois anos, o peso dos carros premium dobrou nas vendas da empresa, atingido 18% do total no ano passado. A PSA Peugeot Citroën fechou o ano de 2012 como a quinta maior montadora no mercado brasileiro.
Citroën no mercado brasileiro
Citroen Air Cross
Em 2013, a Citroën está ampliando as vendas no mercado brasileiro em 2,2%, vendas de 4.891 unidades, um crescimento de 0,2% na participação da marca sobre o mercado. Na soma de janeiro e fevereiro a empresa francesa já entregou 10.996 unidades no mercado local, o que representa expansão de 1,09% sobre a mesma base de comparação do ano passado. Graças ao novo Citroën C3 que detém market share de 7,36% no segmento de compactos Premium. Desde seu lançamento já foram comercializadas 16 mil unidades, entre janeiro e abril deste ano foram vendidas 10.942 unidades do compacto Premium que ocupa na 25o no ranking de vendas de veículos novos. Já o C3 Aircross teve 2.379 unidades emplacadas.
Além desses, a Citroën lançou, desde em abril de 2012, no espaço-conceito Citroën Experience Centre, na Oscar Freire (SP) inspirado no C42, vitrine internacional da marca na avenida Champs-Élysées, em Paris, os modelos DS3 e o Crossover DS5, em 2012, e do Coupé e DS4, em fevereiro passado.