O presidente da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), Paulo Marracini fala sobre os números do setor de seguros no Brasil e nos desafios para massificar a cultura de proteção ao patrimônio através da educação financeira da população.
Em evento no do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), o presidente da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), Paulo Marracini falou sobre os números do setor de seguros no Brasil e nos desafios para massificar a cultura de proteção ao patrimônio através da educação financeira da população. “Quanto mais segurados, maior é a proteção dos seguros para uma parcela maior da população, criando um virtuoso: mais segurados/ menor incerteza/ menor preço.”, disse ele acrescentando que o mercado de seguros precisa aprimorar os produtos atuais e buscar novos nichos investindo em tecnologia para redução dos custos, além de melhorar o relacionamento entre seguradoras, corretores e clientes. “O seguro popular e microsseguro devem contribuir para o crescimento do setor, mas as seguradoras podem melhorar o relacionamento com as outras partes simplificando os contratos e termos técnicos, divulgando guias de boas práticas e utilizando internet, telefonia, segurança da informação. Não se pode deixar de lado a comunicação com a sociedade e o investimento na divulgação da cultura do seguro”, completou. Há potencial para crescimento, segundo Paulo Marracini em vários ramos como os seguros de Responsabilidade Civil. Embora haja maior conscientização sobre a proteção de danos causados a terceiros (materiais, corporais e morais), no trânsito, escola, trabalho, residências e muitos outros ambientes, o ramo de Responsabilidades responde por apenas 2,2% do mercado nacional. Na União Europeia, Estados Unidos e Japão esse porcentual varia de 10% a 20%. Falta muito para alcançar esses mercados, mas o ramo de RC já demonstra bom desempenho, registrando crescimento de 16,1% em 2012. No mercado brasileiro a predominância, desconsiderando Previdência e Saúde, continua concentrado em Automóvel (50,1%), Patrimonial (20%), DPVAT (10,8%), Transportes (4,9%), Habitacional (3,8%) e Riscos Financeiros (3,3%), considerando os produtos mais procurados no primeiro trimestre de 2013. O mercado de automóvel, líder do setor, conta com 14,5 milhões de veículos segurados (cerca de 1/3 da frota), a FenSeg está investindo em redução da fraude e da sinistralidade. Marracini defende os desmanches legais e a remanufatura de peças de reposição, assim com já ocorre em países como Argentina, Europa, Japão, não só para a redução de custos, mas para a sustentabilidade ambiental. Paulo Marracini faz coro com a ANRAP (Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças), uma associação dos fabricantes BorgWarner, Bosch, Cummins, Delco Remy, Eaton, Garrett, Knorr-Bremse, Schaeffler Brasil (Divisão LuK), TRW Automotive e ZF (com a linha de embreagem SACHS) que difunde a importância do processo de remanufatura para preservação do meio-ambiente. O processo de remanufatura significa “reduzir”, “reusar” e “reciclar”. Proporciona um menor consumo de matéria prima, água, energia elétrica, entre outros materiais, além de reduzir resíduos na cadeia produtiva. Os fabricantes detém a tecnologia de são capazes de expandir a vida útil das peças não mais utilizáveis e retorná-las ao mercado, com garantia de originalidade e procedência. Além do benefício do preço do produto, mais competitivo para os aplicadores e consumidores finais – a remanufatura também garante que a peça não mais utilizável tenha um descarte correto e, por fim, não contamine o meio ambiente. Crescimento em mais ramos Outros segmentos de seguros onde há muito potencial para crescer, segundo o presidente da FenSeg, é no segmento residencial já que apenas 10% das residências brasileiras são seguradas; em seguros de riscos patrimoniais; em garantia e riscos de engenharia, que segundo Paulo Marracini , “o mercado brasileiro tem condições técnicas e financeiras de proporcionar cobertura das obras ligadas aos eventos de 2014 e 2016, tanto que a FenSeg pleiteia um aumento no limite de cobertura para garantias.”, entre outros Segundo Paulo Marracini, se o mercado entrar na briga que considera somente o preço, irá banalizar o seguro. “O corretor de seguros é o representante do segurado junto ao segurador e agrega valor com seu trabalho de avaliar os riscos, definir o programa de seguros, negociar com as seguradoras, administrar as apólices, gerenciar os sinistros, gerenciar os riscos, reduzindo a incerteza do segurado e proporcionando relacionamentos de longo prazo, além de ser o árbitro entre preço e garantia de solvência.”