Conheça mais sobre a montadora Mercedes e seus benefícios
O ano era 1886, Gottlieb Daimler e Karl Benz, ambos alemães construíram paralelamente, sem que um soubesse do outro, os primeiros automóveis motorizados do mundo e são reconhecidos como os verdadeiros pais do automóvel. Em 1844, Karl Benz criou o do primeiro veículo movido à combustão interna em sua oficina na cidade de Mannhein, na Alemanha. Dois anos depois, em 1886, ele registrou a patente do triciclo com tração nas rodas traseiras, monocilíndrico, com 984cc de potência e que desenvolvia uma velocidade máxima de 16 km/h, refrigerado à água, com ignição elétrica e diferencial. O dia 29 de janeiro, data do registro dessa patente é o aniversário oficial do automóvel. Enquanto isso Gottlieb Daimler, engenheiro e sócio de Wilhelm Maybach (criador dos clássicos e legendários automóveis Maybach) já haviam construído, em 1885, a primeira motocicleta do mundo. Em 1886, meses após o triciclo de Benz, eles construíram a primeira carruagem movida a um motor refrigerado a ar.
Em 1892, Benz criou o primeiro automóvel de quatro rodas, o Victoria, base para a criação do primeiro ônibus e perua, construídos em 1895. O primeiro automóvel com produção em série foi o Benz Velo. A Benz & Cia se tornou a primeira linha de montagem na Europa e a maior do mundo no início do século XX.
O Victoria foi base para a criação do primeiro ônibus e perua, construídos em 1895
Na Daimler Motoren-Gesellschaft (DMG), em 1897, Gottlieb Daimler e o sócio produziram o Phoenix em 1897, primeiro automóvel com motor frontal. Dois anos depois veio o primeiro motor 4 cilindros de 28hp. E, em 1903, inspirado nos conceitos de design dos automóveis Mercedes de Daimler, nasce o Benz Parsifal. O nome Mercedes foi registrado como marca em 1902. Era o nome da filha de um rico comerciante austríaco apaixonado por carros e cliente fiel de Daimler, além de ser o nome que identificava os carros encomendados por Emil Jellinek, pai da Mercedes.
Daimler e Benz não se conheceram pessoalmente, mas as empresas de ambos se fundiram em 1926, as duas marcas também. A estrela de três pontas, que identificava os automóveis Mercedes fabricados por Daimler, representavam a triplicidade das atividades da Daimler, fabricante de motores para uso em terra, mar e ar, e a coroa de louros, que caracterizava os de Benz. Nascia a Mercedes-Benz e os carros icônicos cobiçados como símbolo de sofisticação e status superior até os dias de hoje. Os primeiros carros da união foram o Stuttgart 8 e o Mannheim 12. Em 1927 surgiu o primeiro Mercedes-Benz modelo S, de Sportlich (esportivo em alemão), sigla adotada até hoje na Classe S, seguido pelo SS (Super Sport) e SSK (Super Sport Kurz, desenvolvido pelo pai da Porsche, Ferdinand Porsche) introduzidos em 1928, foram os modelos que estabeleceram que a reputação de luxo dos carros Mercedes-Benz.
Veio a II Grande Guerra Mundial e a fábrica passou a produzir automóveis e utilitários para a guerra até ser totalmente destruída em julho de 1944. A reconstrução aconteceria cerca de um ano depois do final do conflito em agosto de 1945. No ano seguinte Daimler-Benz reiniciou a fabricação de automóveis e lançou o 170, modelo popular e econômico adequado a devastada economia alemã da época. Em 1950, a fábrica já produzia 800 carros por semana. Os carros mais potentes voltaram apenas em 1951, os modelos, 220, 300 e 300S. Em 1958, o modelo 220SE já possuía injeção mecânica de combustível da também alemã Bosch e eram produzidos também o 300SL versão cupê, surgido em 1954, versão roadster (1957) e o 190SL roadster (1955).
A década de 1960 foi marcada pela nova linha de sedãs, conhecida como rabo-de-peixe, feita para atender ao gosto dos consumidores norte- americanos. Para substituir os sedãs da década de 60 surgiram, nas duas seguintes, os sedans 280S, 280SE, 350SE, 450SE e 450SEL. Na década de 1994, a montadora produzia sedãs de luxo como os modelos S remodelados e criou os modelos 190E, 190D, 190E 2.3, 190E 2.6 para os jovens que não tinham como adquirir um modelo top de linha. Em 1994, a montadora simplificou o posicionamento dos modelos criando as famosas classes: Classe C, Classe E e Classe S. E no final da década foi a primeira das marcas de luxo a lançar um SUV, com a Classe M. Em 1998, comprou a norte-americana Chrysler (hoje, parte do grupo Fiat), mas a união se desfez em 2007.
Além de símbolo de status, poder, imprimindo ao feliz proprietário de um carro Mercedes-Benz que dá a imagem de que ele chegou lá, a montadora sempre teve papel ativo no desenvolvimento de tecnologias e inovações: desenvolveu o sistema antibloqueio de freios ABS (1978), o air-bag (1980) e o programa eletrônico da estabilidade conhecido como ESP® (1995) e, atualmente, o Pre-Safe®System, que prepara o carro e seus ocupantes para uma colisão agindo por antecipação para tensionar os cintos de segurança, reposicionando os bancos dianteiros (eletricamente ajustáveis) para uma posição mais favorável, além de fechar o teto solar se houver o risco de capotamento; o detector de sonolência; o monitor de veículo em ponto cego; o detector de movimentos bruscos e muitos outros sistemas de auxílio fazem dos automóveis da marca um dos mais seguros no mundo. Ao longo de sua história a montadora pediu mais de 80 mil registros de patentes.
Maior fabricante de veículos comerciais da América Latina
No Brasil, a Mercedes-Benz é a maior fabricante de veículos comerciais da América Latina e possui em São Bernardo do Campo (SP) é a maior planta de caminhões da Mercedes-Benz fora da Alemanha e a única a produzir, em um mesmo local, caminhões, chassis de ônibus e agregados, como motores, câmbios e eixos, além de cabines de caminhões. A planta de São Bernardo foi inaugurada em setembro de 1956 e abriga também o maior Centro de Desenvolvimento Tecnológico para caminhões e ônibus do Grupo Daimler fora da Alemanha. A estrutura da marca no Brasil é composta também por uma central de distribuição e logística de peças, central de treinamento e da fábrica de remanufaturados em Campinas (SP) e a unidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais onde se produz o caminhão extrapesado Actros e o caminhão leve Accelo, mas que foi aberta para produzir a primeira versão do Classe A no Brasil, o que aconteceu entre 1999 e 2005. Depois disso, a unidade de Juiz de Fora montava em CKD sedãs da marca exclusivamente para exportação.
Classe A: Lançamento no Brasil a partir deste ano
No mundo, o Grupo Daimler está estruturado em quatro divisões de negócios: a Mercedes-Benz Cars (engloba as marcas Maybach e Smart), a Daimler Trucks, a Daimler Financial Services e a divisão de Vans, Ônibus e outros negócios.
Em 2013, o novo hatch Classe A, chegou às concessionárias brasileiras em março, um ano após ter sido lançado na Europa e é, se podemos chamar assim, o modelo de entrada da montadora, o modelo mais barato da marca cujo preço começa em R$ 100 mil. O modelo vem se somar aos modelos B200 Turbo, o C 180 Turbo – o mais vendido da Mercedes-Benz no Brasil-, o utilitário esportivo ML 350, o C 63 AMG e o SL 350. Também lançado em 2013 por aqui o Classe C 250 Turbo Sport Coupé. Até o fim do primeiro semestre está prevista a chegada do Classe E com mudanças no design.