Conheça mais sobre a montadora Renault e seus benefícios
A história da Renault remete à época em que os carros eram produtos artesanais, feitos um a um, por artesões inventivos como o francês Louis Renault, que aos 21 anos construiu o seu primeiro automóvel no quintal da casa da mãe. Em fevereiro de 1899 os irmãos Renault, Louis, Marcel e Fernand, abriram uma fábrica na Avenida Du Cours em Boulogne-Billancourt com o nome de Renault Fréres e lá produziram dois modelos o Type A e o B com motores de 450 cc. Ao fim daquele ano, eles haviam produzido 76 unidades.
A II Guerra Mundial foi desastrosa para as montadoras em todos os países envolvidos no conflito, para a Renault foi pior. Louis Renault foi preso em 1944 acusado de colaborar com os nazistas e as fábricas foram confiscadas e estatizadas pelo governo francês. A Renault só voltou para a iniciativa privada em 1996.
Type A com motor de 450 cc. Em 1899 foram produzidas 76 unidades
Desde 1967 a Renault possui fábrica na Argentina e lá atuava, montando veículos CKD, desde 1960. Na mesma década esteve no Brasil com Renault Gordini, fabricado em parceria com a norte-americana Willys Overland, que produziu sob licença os modelos Dauphine e Gordini que era uma versão mais aprimorada do Dauphine, até 1968, ano em que a Willys Overland vendeu suas operações para a Ford, a qual herdou o “projeto M”, projeto, desenvolvido em parceria entre a Renault e a Willys, que resultou no lançamento pela Ford do Corcel em 1968.
Com a crise do petróleo nos anos 1970, o governo brasileiro proibiu a importação de veículos e, sem fábrica, a Renault deixou o mercado brasileiro para voltar apenas em 1992, já no governo Fernando Collor que chamou os carros brasileiros de carroças e abriu o mercado para importações. A Renault foi a primeira a retornar como importadora (em parceria com o grupo Caoa).
Em 1998 já havia desfeito a parceria, assumiu as operações brasileiras e inaugurava a fábrica brasileira em São José dos Pinhais (Paraná), batizada de Complexo Industrial Ayrton Senna, com um investimento total de US$ 1,35 bilhão. Foram instaladas a fábrica de veículos de passeio, uma fábrica de motores e uma de veículos utilitários Quando foi inaugurada a capacidade de produção era de 20 carros por hora. Em 2009 realizou uma ampliação na unidade e chegou aos 47 carros/hora. Outra ampliação foi feita no complexo industrial no fim de 2012, início de 2013 e a meta é alcançar 60 por hora até o fim do ano.
Antes disso, um fato inédito na história de todas as montadoras: em 2005, um brasileiro, Carlos Ghosn, que era até então executivo da Nissan, assumiu o cargo de CEO da Renault graças a uma aliança que havia sido firmada em 1999 entre a Renault-Nissan. A época a união de duas montadoras também foi inédita, a francesa e a japonesa mantiveram a individualidade de cada uma das marcas e desenvolveram sinergias reduzindo os custos de desenvolvimentos tecnológicos de novos produtos. A Nissan, por exemplo, trabalha no desenvolvimento de novos motores a gasolina, enquanto Renault se concentra em motores à diesel.
Ampliada a capacidade da Renault a meta em 2013 é fabricar 320 mil veículos leves por ano. São montados na fábrica de veículos leves três modelos: Sandero, Logan e Duster e, espera-se, novos modelos como o novo Sandero, já apresentado na Europa e prestes a ser produzido no Brasil. A fábrica de veículos comerciais é compartilhada com a Nissan que produz a van Renault Master a picape Frontier e os monovolumes Livina e Gran Livina.
Quando finalizou sua fábrica brasileira, o mercado interno passava por um período de estagnação que durou dez anos. Apenas nos últimos três a Renault obteve crescimento de vendas de dois dígitos: 36% em 2010, 21% em 2011 e 24% em 2012, ano em que as vendas da marca mais que dobraram e representaram 6,6% do mercado total. A meta da montadora é chegar aos 8% em 2016. Com esses resultados, o Brasil se tornou o maior mercado no continente americano e o segundo globalmente, perdendo apenas para a França.
No portfólio da Renault do Brasil estão modelos como o Clio, Duster, Logan, Mégane Grand Tour, Fluence, Symbol e os utilitários Master e Kangoo Express. O Clio é o automóvel de entrada da marca, o de menor preço com motorização 1.0 situado na faixa de R$ 20 mil a R$ 30 mil, onde estão 20% das vendas do mercado brasileiro, algo como 640 mil carros/ano. Fabricado na Argentina é um dos carros populares mais baratos do País. Lançado em 1999, o Clio está na quarta geração, que foi remodelada por que perdia participação. O popular da Renault já foi responsável por 0,7 ponto porcentual market share da marca desceu para 0,5 ponto antes da remodelação.
O carro-chefe da Renault no mercado brasileiro é o hatch Sandero, lançado em 2007. O Sandero (que na Europa é comercializado sob a bandeira da Dacia, subsidiária romena da Renault) emplacou cerca de 180 mil unidades desde então e, assim como, o Clio passou por uma atualização recente, principalmente, de equipamentos e acabamento interno. Outro carro que tem chamado à atenção é o utilitário esportivo Duster que tem se destacado como concorrente de peso para o Ford EcoSport, que até então reinava sozinho nesse segmento.
Renault Duster – Categoria SUV da Renault
Na nova fase da Renault espera-se a reformulação de Logan em 2013, um novo Sandero um novo Duster, e uma picape Logan em 2014. No ranking dos veículos novos mais vendidos entre janeiro e abril de 2013, o Sandero ocupa a 12a colocação com 21.895 unidades vendidas. O SUV Duster a 27a com 9.379 unidades comercializadas no período e o Clio em 31o lugar com 7.309 unidades.